MUSICA

“Quem foi que falou, que eu não sou um moleque atrevido, ganhei minha fama de bamba na dança de roda, fico feliz em saber, o que fiz pela dança, faça o favor, respeite quem pode chegar, onde a gente chegou, também somos linha de frente de toda essa história, nós somos do tempo da dança, sem grana, sem glória, não se discute talento mas seu argumento, me faça o favor, respeite quem pode chegar onde a gente chegou, e a gente chegou muito bem, sem a desmerecer a ninguém, enfrentando no peito um certo preconceito e muito desdém, hoje em dia é fácil dizer, essa dança é nossa raiz, tá chovendo de gente que fala de dança e não sabe o que diz por isso vê lá onde pisa, respeite a camisa que a gente suou, respeite quem pode chegar onde a gente chegou e e quando pisar na roda procure primeiro saber quem eu sou, respeite quem pode chegar onde a gente chegou”. Fonte: Blog Soul Street's Dance.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Dancehall





Dancehall:
Uma das mais sólidas tradições da Jamaica são os bailes populares embalados pelos Sound-Systems), equipes de som munidas de aparelhagem e alguns disc-jóqueis, que rolam tanto ao ar livre como em espaços fechados. Um lugar onde as pessoas vão para curtir música e dançar, o espaço em que aparecem as novidades da música, da moda e do comportamento. Com o passar dos anos o circuito dos bailes se tornou uma instituição nacional e base de toda a cena reggae jamaicana. É nele que toda a produção musical passa pelo crivo da preferência popular, é onde surgem os hits e os astros. O combustível musical dos bailes foi o Ska e o Rocksteady nos anos 60; por toda a década de 70 foi o Roots, e a partir de meados da década de 80 tem sido o Dancehall.
Dancehall é a dança que foi criada na Jamaica, por volta dos anos 80, dançada na música que tem o mesmo nome Dancehall. A popularidade do Dancehall gerou vários passos de dança que ajudam a deixar as vibes mais energéticas com performances de palco, muitos dos Passos vistos em vídeos de Hip Hop na verdade são variações de passos do Dancehall. Assim como o Hip Hop, que teve seus passos sociais, o Dancehall começou da mesma forma, nas festas com passos sociais que tem seus nomes. O Dancehall tem influências do Hip Hop, assim como o Hip Hop também tem influências do Dancehall. Várias equipes de dançarinos ganham notoriedade e ao popularizar "Criar Passos" esses e muitos deejays como Elephant Man e Beenie Man  escrevem letras  sobre os novos passos de dança que surgem, com o surgimento das Dancehall queens executando os passos de dança, ajudou a elevar a cena Dancehall a outro estágio. Com muita sensualidade em seus trajes, as vezes essas dançarinas podem chegar a beirar a vulgaridade mas são sempre vistas com muito profissionalismo nos concursos onde concorrem a grandes prêmios, ganhando fama e status. Dancehall queens japonesas chegaram a vencer importantes concursos na Jamaica, se tornando altas celebridades no circuito Dancehall internacional.

Elementos da Cultura:
The Selecta
- The DeeJay
- The Dance

Bogle/Dancehall:
Uma técnica de dança originada da cultura Jamaicana que teve como referência a ultima estrela do dancehall Gerald Levy a.k.a Bogle Dancer a.k.a Mr. Bogle a.k.a Father Bogle a.k.a Mr. Wacky.
Bogle-(22 de agosto de 1964-20 de janeiro de 2005), nascido como Gerald Levy, também conhecido como Bogle Dancer, Mr. Bogle, Father Bogle, e Mr. Wacky foi uma estrela do dancehall jamaicano. Seu nome artístico faz referência ao herói nacional jamaicano Paul Bogle.

Bogle era chamado de mestre do dancehall e era mais conhecido por sua dança. Ele tinha a habilidade de criar danças sem esforço e suas danças se tornaram extremamente populares. Criador do “Willie Bounce” , “Wacky Dip”, “Urkle Dance”, “Sesame Street”, “Bogle Dance”, “Pelper”, “LOY”, “Jerry Springer”, “Zip It Up”, “Hotti Hotti Bogle”, “World Dance”, “Pop Yuh Collar”, “Row di Boat”, “Out and Bad”, “Sweeper”, “Stuckie”, e muitos outros passos populares. Ele também estava na “Belly”.
Na décade de 90, Levy criou o dança Bogle, a primeira dança que cruzou a cena. Ele também era uma grande influência para os novos artistas do momento como Elephant Man e Beenie Man, que já fizeram referência ao mestre Bogle em algumas de suas músicas como “Row like a boat” no trecho: “Seh Mr. Bogle have di brand new style/Come get di style, come get di style.”
 No dia 20 de Janeiro de 2005, Levy e quatro outros estavam no seu carro em um posto de gasolina de um shopping, quando dois homens em bicicletas passaram atirando contra o carro de Levy. Os passageiros foram levados ao Hospital Publico de Kingston, onde Levy foi anunciado morto aos seus quarenta anos. A casa de Jhon Hype, o rival mais criativo de Levy no último ano, foi totalmente queimada horas depois. Em represália a morte de Bogle, Beenie Man ofereceu 1 milhão de recompensa pela captura dos assassinos. Um dos suspeitos era Jhon Hype.

Bogle ainda vive no meio da comunidade do Dancehall como sendo o maior dançarino de todos os tempos da Jamaica. Vários artistas de dancehall e dançarinos respeitam “Pai Bogle” (“Father Bogle”) e o fazem referências nas músicas. O famoso DJ Bounty Killer credita Bogle por fazê-lo querer dançar. Em 2005, o trio “Voice Mail” fez sucesso com a música “Wacky Dip” no Junkanoo Riddim. Elephant Man que já gravou músicas para as danças de Bogle fez sucesso com a música “Willie Bounce”, que é de longe um dos passos mais populares de Bogle. Buju Banton também gravou uma música chamada “Bogle Dance”, a qual foi inspirada no mestre Bogle. No clipe da música “Rude Boy”, da cantora pop Rihanna, ela é vista fazendo o passo chamado “The Bogle”. Muitas pessoas como Paul Bondy (aka InsideInfo) adotou a técnica Bogle e a tem levado para outras novas direções. No recente Campeonato Nacional de Bogle dance do Reino Unido, a platéia foi ao delírio com a adaptação de “Willie Bounce” feita por Paul Bondy, chamada de “The Wangle”.



Surgimento do Ragga / Dancehall no Brasil: No Brasil, o Ragga / Dancehall teve início nos anos 90 nas periferias da Grande São Paulo. Algunspioneirosnesse estilo no Brasil foram toasters paulistas como Pepeu, Frank Frank, Rica Caveman (da banda Nômade), Grupo Kaya e o curitibano Toaster Eddie. Mesmo sem fazer propriamente o estilo ragga, grupos como Defalla, Skank, Planet Hemp e o Rappa deram uma importante contribuição ao mostrar ao grande público canções com forte influência de  Ragga / Dancehal. movimento   Ragga/Dancehal  brasileiro vem se fortalecendo cada vez mais e sua popularidade cresceu a partir de 2002, principalmente em São Paulo através da Família 7 Velas. São Paulo vem se tornando a capital do   Ragga/Dancehal nacional com vários cantores, produtores, sound systems e festas dedicadas ao gênero. No Espírito Santo o   Ragga/Dancehal  vem sendo tocado e cantado nos bailes e festas juntamente com o rap. Em Salvador existe um movimento muito interessante onde se destacam o Ministério (primeiro Soundsystem da Bahia) e a cantora Soraia Drummond,que foi premiada em 2010 pelo Rumos Itaú com uma canção que interpreta o poema Navio Negreiro de Castro Alves em Ragga/Dancehall.
Esclarecimentos: 
  1. Dancehall não é Ragga Jam;
  2. Dancehall é dançado na música que tem o mesmo nome Dancehall;
  3. Ragga, Raggae Style e Dancehall são as mesmas coisas;
  4. O Termo Dancehall veio das festas onde os soud system tocavam as gravações populares jamaicanas. Essas festas eram chamadas de "Dance Halls".

A Musica:

O Dancehall é um estilo musical que  tem uma ligação direta com o estilo musical popular Jamaicano que nasceu no final da década de 1960 em Kingston com raízes no Reggae mas com um ritmo consideravelmente mais rápido. Inicialmente era um estilo um pouco vulgar pois contrariava de certa maneira as suas origens. A politica e a religião como o Roots/Reggae retratava temas de festa, violência entre os gangs e sexualidade.
Musicalmente, os ritmos mais antigos da década de 60 foram reciclados, com Sugar Minott creditado como o criador dessa tendência, quando ele expressou novas letras no Studio One em ritmos mais velhos entre as sessões no estúdio, onde ele estava trabalhando como músico. Cerca do mesmo tempo, o produtor Don Mais estava retrabalhando ritmos antigos no Channel One Studios , usando a Roots Radics Band.  The Roots Radics iria passar a trabalhar com Henry "Junjo" Lawes em algumas das principais gravações do early dancehall, incluindo as que estabeleceram Barrington Levy , Frankie Paul e Junior Reid como grandes astros do reggae.  Outros cantores a surgir na era early dancehall incluíram grandes estrelas como Don Carlos , Al Campbell e Triston Palmer , enquanto nomes mais estabelecidos, como Gregory Isaacs e Bunny Wailer se adaptaram com sucesso.   Sistemas de som, tais como Killimanjaro, Black Scorpio, Disco Gemini, Virgo Hi-Fi, Volcano Hi-Power e Aces Internacional logo capitalizaram o novo som e introduziu uma nova onda de deejays.

Musicalmente Ritmos Antigos ( Instrumentais chamados "riddims") que é feito por equipamentos eletrônicos e computadores e é centrado na batida baixo / bateria. No final dos anos 60 foram reciclados, sendo Sugar Minott creditado como o criador dessa tendência quando ele gravou novas letras antigos riddims no Studio One entre suas sessões de gravação onde trabalhava como músico de Estúdio. No mesmo período o produtor Don estava Refazendo mais antigos riddims no Channel One Studios, usando a banda Roots Radic. A banda viria com alguns riddims trabalhar com Henry "Junjo" das gravações em principais Lawes do princípio do dancehall, incluindo algumas que estabeleceram Barrington Levy, Frankie Paul e Junior Reid grandes astros do reggae.


Outros cantores emergiram também que no início da era do dancehall como grandes astros foram Don Carlos, Al Campbell e Triston Palmer, enquanto outros cantores de nomes mais sólidos como Gregory Isaacs e Bunny Wailer se adaptaram ao estilo com sucesso. Como sistemas de som logo capitalizaram em cima desse novo som, tais como Killimanjaro, Black Scorpio,Gemini Disco, Hi-Fi Virgem, Vulcão de Hi-Power e também apresentaram Aces Internacional que uma nova onda de deejays (cantores modernos).

 Nos anos 70 o Danceteria era uma versão mais escassa do reggae que a raízes do estilo,que havia dominado grande parte da década de 70. As mudanças sociais e políticas no final da década de 1970 na Jamaica se refletiram na mudança da orientação internacional mais reggae das raízes para um estilo mais direcionado para o consumo local, e em sintonia com a música que os jamaicanos tinham experimentado quando os sistemas de som tocavam ao vivo.  Michael Manley , socialista do  Partido Nacional Populardo governo (PNP) foi substituído por Edward Seaga da ala direita do partido Jamaica Labour Party (JLP). Temas de injustiça social, repatriação e do movimento Rastafari foi ultrapassado por letras sobre a dança, a violência e a sexualidade.
Em meados dos anos 80, o “riddim” do dancehall tornou-se mais digital, cada vez mais caracterizado por ritmos mais rápidos mudando o som consideravelmente e distanciando-se ainda mais das origens reggae mas começando a ter muito mais adesão na Jamaica principalmente em ambientes festivos. Ouve também o surgimento de mulheres DJs na música dancehall, incluindo: Sister Charmaine , Lady G , Junie Lady , Junie subterrânea, Lady Saw , Sister Nancy e Shelly Thunder . O Dancehall trouxe uma nova geração de produtores; Junjo Lawes, Linval Thompson , Gussie Clarke e Jah Thomas assumiram junto dos produtores que tinham dominado na década de 1970.

Os toasters DJ´s mais velhos foram ultrapassados ​​por novas estrelas como como Captain Sinbad , Ranking Joe , Clint Eastwood , Lone Ranger , Josey Wales , Charlie Chaplin , General Echo e Yellowman, uma mudança refletida pelo álbum de 1981 de Henry ´Junjo´ Lawes  produzindo toda uma nova geração de DJs, embora muitos voltaram ao Daddy U-Roy para uma maior inspiração.  Os registros de Deejay tornaram-se, pela primeira vez, mais importante do que os registros com os cantores.  Outra tendência foi os álbuns de confronto de som, com deejays rivais / ou sistemas de som concorrentes cabeça-a-cabeça para a apreciação de uma platéia ao vivo, com cassetes de confronto de som subterrâneo, muitas vezes documentando a violência que acompanha tais rivalidades.  Duas das maiores estrelas do deejay do early dancehall, Yellowman e Eek-a-Mouse , escolheram o humor ao invés de violência. O toaster DJ albinoYellowman se tornou o primeiro deejay jamaicano a assinar com uma grande gravadora norte-americana, e por um tempo teve um nível de popularidade na Jamaica para rivalizar com a majestade de Bob Marley.

Dancehall Digital e Ragga - O hit de King Jammy 's de 1985, " (Under Me) Sleng Teng "de Wayne Smith, levou o reggae dancehall á um outro nível muitos creditam que essa música foi o primeiro riddim digital do reggae utilizando um teclado Casio MT-40, King Jammy levou o reggae ao dancehall digital no entanto isso não está muito certo, já que há exemplos de produções digitais feitas antes como o single "Sensi Addict" de Horace Ferguson produzido por Prince Jazzbo em 1984.

Um novo conjunto de produtores também se destacaram como Philip "Fatis" Burrell , Dave "Rude Boy" Kelly , George Phang , Hugh "Redman" James , Donovan Germain , Bobby Digital , Wycliffe "Steely" Johnson e Cleveland "Clevie" Brown ( aka Steely & Clevie ) subiram para desafiar a posição de Sly & Robbie como seção de ritmo de liderança da Jamaica. Os deejays se tornaram mais focados em violência, como Bounty Killer, Mad Cobra , Ninjaman e Buju Banton se tornando grandes figuras no gênero.  Para complementar o som mais áspero de deejay, um estilo vocal "doce de cantar" evoluiu a partir das raízes do reggae e Rhythm and Blues, marcado pelo seu falsete e entonação quase feminina, com os proponentes como Pinchers , Cocoa Tea , Sanchez, Admiral Tibet , Frankie Paul, Half Pint, Conroy Smith, Courtney Melody, Carl Meeks e Barrington Levy .  No início de 1990 canções como a de Dawn Penn  "No, No, No ", Shabba Ranks " Mr. Loverman ", Patra " Man Worker "e Chaka Demus e Pliers "Murder She Wrote" tornaram-se alguns dos primeiro megahits dancehall nos EUA e no exterior.

Essa mudança no estilo novamente viu o surgimento de uma nova geração de artistas, como que Shabba Ranks ( Se Tornou o maior artista de ragga no mundo). Supercat, Cutty Ranks, Burro Banton houve um novo leque de Produtores que também se destacaram: Philip "Fatis" Burrell, Dave "Rude Boy" Kelly, George Phang, Hugh "Redman" James, Donovan Germain e Bobby Digital. Wycliffe "Steely" Johnson e Cleveland "Clevie" Brown, aka Steely & Clevie, chegaram a desafiar uma posição de Sly & Robbie como os líderes na produção riddims na Jamaica.
Nos anos 90 com a ascensão do Dancehall, artistas BoboShanti, tais como Sizzla e Capleton, desenvolveram uma ligação forte entre o Dancehall e Rastafari. A música Dancehall vem sofrendo críticas de organizações internacionais e indivíduos para a sua violenta e às vezes homofóbicas letras, embora os temas líricos são mais variados do que simplesmente lidar com negligência e violência. Outras variedades de Dancehall alcançaram sucesso fora da Jamaica no cruzamento na década de 1990, meio e final, Tanya Stephens deu uma voz feminina e única para o gênero na década de 90.

Reggae Fusion: Reggae de fusão é uma mistura de reggae ou dancehall com elementos de outros gêneros, como hip-hop, R & B, jazz, rock and roll, música indiana, música latina, drum and bass, punk rock ou polca.  Ele está intimamente relacionada com a música ragga . O termo também é usado para descrever artistas que muitas vezes alternam entre o dancehall e outros gêneros do reggae , principalmente rap e rhythm and blues. Foi criado na Jamaica , América do Norte e Europa , e se tornou popular na década de 1990.

Ragga Consciente: Em 1992, a reação internacional à violência anti-homossexual de Buju Banton em "Boom Bye-Bye", e a realidade da violência de Kingston, que viu a morte de deejays como Pan Head e Dirtsman,e viu outra mudança, esta de volta o tempo para Rastafari e temas culturais, com vários dos artistas do hardcore ragga encontrando a religião, e a cena "consciência ragga" cena se tornando um movimento cada vez mais popular. Uma nova geração de cantores e deejays se que remetem à era do reggae raiz, nomeadamente Garnett Silk , T Rocker , Tony Rebel , Sanchez , Luciano , Anthony B e Sizzla . Alguns deejays popular, o mais proeminente Buju Banton e Capleton , começou a citar Rastafari e transformar suas letras e músicas de uma forma mais consciente direção, rootsy. Muitos artistas Rastas modernos do dancehall se identifica com a doutrina Bobo Ashanti .O filho caçula de Bob Marley, Damian "Jr. Gong" Marley também é um dos maiores exponentes do raggamuffin. 

O início dos anos 2000 viu o sucesso de novos artistas nas cartas, tais como Elephant Man e Sean Paul , que tem o sucesso alcançado nos EUA e produziu vários top 10 hits da Billboard, incluindoGimme the Light ", " We Be Burnin' ", " Give It Up To Me ", e " Break It Off " "(um dueto com Rihanna ). Ele também já teve vários singles número 1, " Get Busy "," Temperature "e" Baby Boy "(um dueto com Beyoncé ).  Dancehall parece estar fazendo um ressurgimento no mercado pop no final dos anos 2000, ou seja, Christina Aguilera com Woohoo , Robyn com Dancehall Queen e Swan Fyahbwoy . A VP Records domina o mercado de música dancehall com Sean Paul, Elephant Man, Buju Banton e muitos outros. VP muitas vezes tem parceria com grandes gravadoras como Atlantic e Island em uma tentativa de expandir ainda mais seu potencial de distribuição particularmente no mercado dos EUA. 


Dancehall em Kingston: Uma História do Espaço e Celebração.
Dancehall é finalmente uma celebração da Jamaica pós-colonial, que ocupa e criativamente sustenta esse espaço. Estruturado pelo urbano, um espaço que é limitado, limitante, e marginal, mas central para comunal, mesmo nacional, a identidade, a identidade dancehall é tão contraditória e competitiva como é sagrado. Algumas das lembranças significativas da Jamaica, por si só estão inscritos no espaço dancehall e, portanto, dancehall pode ser visto como um local de memória coletiva que funciona como ritual em memória, um velho banco de memória , novos movimentos e dinâmicos do corpo, os espaços, os artistas, desempenho e estética do Novo Mundo e na Jamaica, em particular.  Estas mesmas noções do dancehall como um espaço cultural que se reflete em Norman Stolzoff  em Wake the Town and Tell the People.


Ele observa que dancehall não é meramente uma esfera do consumismo passivo, mas sim é uma esfera alternativa de produção cultural ativo que age como um meio através do qual jovens negros de classe baixa articulam o projeto de uma identidade distinta, em contextos locais, nacionais e globais. Através do dancehall, jovens do gueto,na tentativa de lidar com os problemas endêmicos da pobreza, o racismo e a violência, e nesse sentido o dancehall atua como um centro de comunicação, uma estação de retransmissão, um site onde a cultura de classe baixa negra atinge a sua expressão mais profunda. Assim,o dancehall na Jamaica é mais um exemplo do caminho que as culturas, a música e a dança da diáspora Africana têm desafiado o consumismo passivo de formas culturais de massa, como a música gravada, através da criação de uma esfera da produção cultural ativa, que potencialmente podem transformar a hegemonia dominante da sociedade.
Apesar da capacidade da cultura dancehall para desafiar a desigualdade social, é uma hibridização da estética americana e as dificuldades de Kingston, Jamaica. Kingsley Stewart escreve que o "modelo jamaicano cultural ou visão de mundo" tem sido muito influenciado por aquilo que foi sem dúvida criada para se opor, ou seja, Babilônia, ou a influência ocidental. Isto é visto, no sentido mais óbvio, no uso de falar de armas por artistas como Buju Banton,Ninja Man e Capleton , ou o desportivo de bling-bling de "Gangsta Ras" de artistas como Mavado e Munga. O termo Gangsta Ras, que procura conciliar as imagens indevidas com Rastafari é um exemplo de como, no dancehall, "o uso indevido da cultura Rastafari diluiu e marginalizou os princípios centrais e credo da filosofia Rastafari e modo de vida".  
O que Kingsley considera como o "imperativo socioexistential de transcender o normal" é exemplificada por artistas como Elephant Man e Bounty Killer,que fazem as coisas a se destacar, tais como colocar uma voz de desenho animado sintética preso. O hit de Buju Banton de 1993  "Boom Bye Bye" supostamente defende o assassinato de homossexuais, atirando nos gays ou queimando ("como uma roda de pneu velho"). Muitos dos cantores afetados acreditam que sanções legais ou comerciais são essencialmente um ataque contra a liberdade de expressão. Alguns artistas finalmente concordaram em não usar letras anti-gay durante suas apresentações na Europa e nos Estados Unidos, apesar de alguns artistas, tais como Capleton, continuam a ter seus concertos cancelados devido à campanha Stop Murder Music .  
Donna P. Hope argumenta que a cultura do Dancehall contra homossexuais fazem parte de uma discussão de letras machistas que avançou o interesse do homem heterossexual na Jamaica, que é uma sociedade fundamentalista cristã e profundamente patriarcal. Mesmo quando a cultura contemporânea do dancehall na Jamaica mostrem esportes e imagens de homens em poses pseudo-gay e fantasias, os imperativos culturais, religiosos, sociais e de gênero dos avanços da sociedade e promove o homem ideal como macho e heterossexuais ,e homens que são homossexuais são identificados como retratos inadequados e impuros da masculinidade verdadeira. A música Dancehall tem jogado para dentro e com isso dividem de uma forma extrema e liricamente gráfica que foi processada politicamente incorreta em muitos lugares a nível mundial, mas permanece culturalmente relevantes na Jamaica.
Contradições na cultura dancehall: Donna P. Hope define a cultura dancehall como um "espaço para a criação cultural e difusão de símbolos e ideologias que refletem a realidade vivida por seus adeptos, sobretudo os de cidades do interior da Jamaica". A cultura Dancehall ativamente cria um espaço para seus "affectors" (criadores da cultura dancehall) e os seus "affectees" (consumidores da cultura dancehall) para assumir o controle de sua própria representação, concurso de relacionamentos convencionais de energia, e exercer algum nível de autonomia cultural, social e até político.  Kingsley Stewart descreve dez dos maiores imperativos culturais ou de princípios que constituem a visão de mundo do dancehall.

Uma mudança tão drástica na música popular da região gerou uma transformação igualmente radical nas tendências da moda, especificamente aqueles de sua facção feminina. No lugar dos tradicionais, modestos "rootsy" estilos, como ditado por papéis Rastafari de inspiração do gênero, as mulheres começaram a vestir flashy, revelando por vezes equipamentos do seu corpo Esta transformação é feita de forma a coincidir com a chegada de letras folgadas dentro do dancehall, que objetivou mulheres como aparelhos de prazer. Essas mulheres se unem para formar com os outros " que possuem modelagem", ou grupos de "modelo de dancehall"  e informalmente competir com seus rivais.  Esse materialismo novo encontrado e conspicuidade não foi, no entanto, exclusiva para as mulheres ou maneira de vestir. A aparência nos salões de dança era extremamente importante para a aceitação pelos companheiros e abarcava de tudo, desde roupas e jóias, para os tipos de veículos dirigidos,ou para os tamanhos de cada grupo ou respectiva "tripulação", e foi igualmente importante para ambos os sexos.  Um tema importante é o que está por trás do espaço dancehall.


Sonjah Stanley-Niaah, em seu artigo"Mapping Black Atlantic Performance Geographies", diz  que o Dancehall ocupa múltiplas dimensões espaciais (urbana, rua, a polícia, marginal,performance, gênero, liminar, em memória e comunais), que são reveladas através da natureza e tipo de eventos e locais, e seu uso e função. O mais notável é a maneira pela qual o dancehall ocupa um espaço liminar entre o que é celebrado, e ao mesmo tempo são denegridos na Jamaica, e como ele se move da comunidade privada para empresas públicas e comerciais. 


Expansão do Ragga / Dancehall além da Fronteira Jamaicana: 
O ragga foi se expandindo além das fronteiras da Jamaica para o resto do Caribe, e acabou aos poucos atingindo outras partes do mundo. Um dos primeiros deejays brancos a se destacar internacionalmente no estilo no começo dos anos 90 foi o canadense Snow, com seu hit "Informer". Hoje em dia, os europeus Alborosie (Itália), Gentleman (Alemanha), Million Stylez (Suécia) e Ill Inspecta (Polônia) são sucesso mundial no ragga, cantando em inglês. Já o artista Collie Buddz (Bermudas) é o único cantor branco do Caribe a ter um grande reconhecimento no meio do circuito ragga internacional. Atualmente, o judeu Matisyahu (EUA) experimentou um sucesso internacional fazendo ragga.
Hoje em dia o ragga tem uma cena muito forte em países como Itália, França, Portugal, Japão e Alemanha, onde ocorrem diversos shows internacionais, soundclashes e grandes festivais dedicados ao gênero. Vários artistas locais também fazem sucesso nesses países cantando em seus idiomas de origem.


Resumo: Dancehall é um gênero da música popular jamaicana. Uma vertente do reggae que fala também sobre política e religião, mas não tão direta como o “Roots Style” (estilo de raízes), que na época estava associado com o movimento Rastafári, e que havia dominado grande parte da década de 70. Na metade da década de 80, a instrumentação digital tornou-se mais prevalente, mudando o som consideravelmente, com o Dancehall digital, caracterizando-se pelos ritmos mais rápidos. Na metade da década de 90 com o crescimento do Dancehall , artistas Boboshanti como Sizzla e Capleton passaram a criar uma grande conexão entre o Dancehall e o Rastafári. O Dancehall tornou-se alvo de critícas individuais e até mesmo de organizações internacionais por conta de suas letras violentas e homofóbicas, contudo os temas das letras são mais variados, não se referem apenas à violência e ao preconceito. O termo Dancehall vem dos salões de dança jamaicanos em que as gravações populares jamaicanas eram tocadas em sistemas de som locais (Sound Systems)


Esclarecimentos:
  1. Dancehall nada mais é do que um estilo digital do Reggae Music;
  2. Reggaeton é um estilo de música e de dança. 

Fonte: Ragga Brasil / Angel B / Wikipédia.

7 comentários:

  1. oiiii!
    bem legal a materia!!
    E a iniciativa do blog!!!

    Mto bom as pessoas poderem pesquisar sobre essas danças urbanas que tanto amamos!

    beijos

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  2. È isso aii Amanda...

    parabéns msmo a quem teve iniciativa
    de criar o blog!!!
    Amatéria ficou mto legal...
    mas seria mtoo bom se vcs postassem uma matéria colocando a diferença entre dancehall e ragga jam pq é uma coisa que confunde mtoo as pessoas!

    valew!!

    abrazz

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  3. Pode deixar parcero agente vaii ver essa para sim!!!!

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  4. Oi eu sou um aluno de estreet dance e meu professor sempre da aulas diferenciadas como Krump,C-Walk e ragga jam mas o que eu pergunto é se por exemplo o helltoe é um passo que é usadoem mts danças e principalmente no hip hop dançe e o scooby doo é puro locking esses passos sao originarios em que stilos ?
    Abçs Amei o blog me esclereçeu mt
    Flow

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  5. "Scooby Doo" é um passo originalmente de locking, mas pode ser usado em outras estilos de dança,Por exemplo, o "Contra tempo" é um passo que tem em muitas danças, tem no House, Break, Locking, Hip Hop dance e etc, mas ninguem nunca diz que o contra tempo é de tal estilo de dança.
    Scooby Doo foi criado por um cara chamado Jimmy "Scooby doo" Foster.
    Hell toe...nao sei a historia desse passo ^^, só sei que é geralmente usado como C-Walk.
    Até +!

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